II
Reunião Pedagógica Geral C1 / 03/05/2024
Orientações
Pedagógicas nº 01 de 03 de maio de 2024
Antônio Edenilson Anjos das Neves
Técnico Pedagógico
1.
Avaliação
Diagnóstica Inicial
1.1 Conceito: É uma estratégia
pedagógica que possibilita identificar de imediato as dificuldades
do aluno bem como da turma proporcionando a professora informações
para elaborar o seu cronograma de aula semanal e o seu Projeto de
Intervenção Pedagógica – PIP. Auxilia também no acompanhamento
do processo de alfabetização no decorrer do ano;
1.2 Período: A avaliação deve ser
concluída, preferencialmente, até a penúltima semana do mês de
fevereiro e uma cópia da Ficha de Avaliação Diagnóstica Inicial
entregue à coordenação para termos conhecimento de como aquele
aluno chegou à turma e a escola. Como dito antes essa avaliação
pode ser feita periodicamente;
1.3 Modelo Padrão: No modelo de 2024,
a Ficha de Avaliação Diagnóstica Inicial vem acompanhada de metas
para cada ano/série bem como observações e orientações para os
alunos já identificados com extrema dificuldade na aprendizagem;
1.4 Imagem da Ficha de Avaliação
Diagnóstica Inicial 2024:
1.5Ficha de Avaliação Diagnóstica Inicial PDF;
1.6Ficha de Avaliação Diagnóstica Inicial Excel;
2.
Frequência dos Alunos
2.1 Manter semanalmente atualizada no
SIGA a frequência dos alunos para que a coordenação possa
identificar os alunos faltosos e providenciar a busca ativa;
2.2 Semanalmente a coordenação está
lançando as justificativas dos responsáveis para que o professor
acompanhe as razões das ausências do aluno;
2.3 A falta de frequência às aulas
têm sido a maior causa da baixa aprendizagem dos nossos alunos e o
trabalho conjunto entre coordenação e professores pode ajudar na
resolução deste problema;
2.4 Para amenizar esse problema, por
parte da coordenação, vários responsáveis assinaram orientações
e advertências pelas faltas excessivas e injustificadas dos alunos.
Dois casos foram encaminhados ao Conselho Tutelar.
3.
Avaliação do 1º Plantão Pedagógico de 2024
3.1 A organização do Plantão
Pedagógico no geral foi positiva;
3.2 Todavia, precisamos pensar juntos
em uma forma de entregar aos responsáveis um documento (semelhante
ao antigo boletim bimestral) para que possam levar para casa os
registros da aprendizagem do aluno;
3.3 Essa é uma “nova estratégia”
com a tese de que: os responsáveis, tendo em mãos o registro de
aprendizagem dos alunos poderão ajudá-los melhor em casa.
Precisamos pensar sobre esse “modelo de boletim bimestral”;
3.4 Contudo, não
havendo consenso, permanecerá a orientação aos responsáveis de
que, se desejarem, podem fotografar a Ficha de Conselho do Aluno. É
um direito que não podemos negar.
4. Planejamento e Execução do
Projeto de Intervenção Pedagógica – PIP
4.1 Considerando
que está dentro das
atribuições da coordenação pedagógica
e do professor
“zelar
pela aprendizagem dos alunos e
estabelecer
e implementar estratégias de recuperação para
os alunos de menor rendimento”.
4.2
A professora da turma baseada em sua Avaliação Diagnóstica Inicial
ou mesmo nas Avaliações do 1º Bimestre pode elaborar o seu Projeto de Intervenção Pedagógica - PIP para auxiliar os seus alunos que
apresentaram menor rendimento;
4.3
O projeto pode ser elaborado individualmente pela professora da turma
ou em parceria com as demais turmas;
4.4
O PIP deve ser escrito
e enviado à coordenação em forma de arquivo digital
(Word) para avaliação
e possíveis ajustes na
primeira semana de março ou até
o final do 1º Bimestre;
4.5
O projeto será avaliado bimestralmente para acompanhar a evolução
dos alunos e, se necessário, implementar-se-á
ajustes para o seu
sucesso.
5. Encaminhamentos e Relatórios
Individuais dos alunos especiais ou em avaliação
5.1 Os alunos identificados pela
professora com necessidade de Atendimento Educacional Especializado –
AEE deverão ser encaminhados ao setor para avaliação até o final
do 1º Bimestre (dependendo do caso pode ser solicitado a professora
que o encaminhe antes);
5.2Modelo de Encaminhamento AEE 2024;
5.3 Preferencialmente, a professora
deve anexar ao encaminhamento o Relatório Individual do Aluno para
auxiliar a equipe multiprofissional na avaliação do caso;
5.4Modelo de Relatório Individual 2024;
5.5 Os alunos com laudo ou em processo
de avaliação, a orientação é que os Relatórios Individuais
sejam feitos no mínimo duas vezes ao ano: uma em junho e outra em
dezembro (dependendo do caso pode ser solicitado a professora que
faça o relatório antes);
5.6 Este protocolo tem por objetivo
proporcionar aos alunos encaminhados ao AEE, com ou sem laudo, o
adequado acompanhamento pedagógico que, pela sua especificidade,
necessita de atendimento diferenciado.
6. Processo de Alfabetização:
Bibliografias Recomendadas
6.1 Livro Ciência para a Educação:uma ponte entre dois mundos;
L ENT,
Roberto; MOTA, Mailce Borges; BUCHWEITZ, Augusto. Mais
ciência para a educação dos brasileiros.
IN: Ciência para a Educação: uma ponte entre dois mundos / Roberto
Lente, Augusto Buchweitz, Mailce Borges Mota - São Paulo: Editora
Atheneu, 2018. (Página 19 a 24)
Enquanto
professores alfabetizadores temos uma responsabilidade imensa diante
do cenário educacional do país e um meio para alcançarmos
excelentes resultados é nos apoiarmos nas evidências
científicas relacionadas a alfabetização.
A
busca
de evidências científicas às nossas práticas de alfabetização
nos ajudarão a evitar equívocos em nossas ações ou a repetição
de resultados ínfimos diante do grave problema que enfrentamos. Como
afirmam os autores “os
programas nacionais de educação são baseados em teorias, quando
muito em hipóteses, mas raramente em evidências científicas.”
(p. 23).
6.2 Uma professora que alfabetizoua todos!
COSTA,
Amarilze Sfair; SANTOS, Kátia Cilene Nina; FERREIRA, Marta Regina
Silva. Uma
professora que alfabetizou a todos.
IN: Alfabetização, Letramento e Matemática / Lorena Bischoff
Trescastro (Org.) - Belém: SEMEC/ECOAR, 2012. (Página 155 a 162).
No
texto temos o relato incrível da professora Amarilze
Sfair da Costa
que em 2011 na cidade de Belém conseguiu alfabetizar 100% dos alunos
de duas turmas de C1 1º Ano. Essa experiência
exitosa
comprova que, apoiados nas evidências, é possível alfabetizar
crianças ainda no 1º Ano das séries iniciais com 6 anos de idade.
Tal
feito superou inclusive a orientação
do programa do Ministério da Educação intitulado Pacto Nacional da
Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), o qual prescreveu que a
alfabetização ocorresse até o final do 3º ano do ensino
fundamental, quando a criança já estaria com 8 anos como visto no
tópico anterior.
Em
seu relato de experiência, feito para seu grupo
de estudos, no encontro de
formação que reuniu 28 professoras, no dia 05 de dezembro de 2011,
como parte das ações do Projeto
Expertise em Alfabetização, a
professora Amarilze Sfair da Costa compartilhou, com seu jeito
sincero, emocionado e comprometido, o trabalho realizado durante um
ano letivo que promoveu a
alfabetização de 100% dos alunos (6 anos) de duas turmas de CI 1º
ano, na Escola Municipal Palmira Lins de Carvalho, localizada no
Bairro da Marambaia em Belém-PA.
Em
seu relato ficaram evidentes as ações
metodológicas e estruturantes
escolhidas pela professora:
-
avaliação diagnóstica;
-
trabalho com o nome próprio;
-
uso de letra de imprensa primeiro;
-
ditado diário;
-
trabalho com texto e atividades diversificadas.
(p. 155-156, grifo meu)
Avanço
gradativo da aprendizagem e intervenções mais diretas.
O
crescimento gradativo e constante nas aprendizagens da turma C11202,
foi semelhante a C11101.
No
mês de abril aparece apenas 4 alunos pré-silábicos que no início
do mês de maio já passam para o próximo nível.
Em
junho, a concentração está no nível alfabético.
Vale
ressaltar que a meta do Projeto para o mês de junho era de todos os
alunos 100% no nível alfabético.
Em
agosto, os quatro alunos que permaneciam silábicos foram colocados
em foco, ou seja, tiveram uma intervenção mais direta da professora
para que fossem desafiados a avançarem com os demais.
E no
início de dezembro: TODOS ALFABETIZADOS!
(p.
162, grifo meu)
Desafios
no início do ano letivo.
O
desafio que se apresenta, ao iniciar o ano letivo é grande, pois a
característica das turmas são de, praticamente,
todos os alunos no primeiro nível da psicogênese da escrita, ou
seja no período pré-silábico.
E
via de regra esta é a característica
dos alunos, de um modo geral, na
entrada do primeiro ano do ciclo nas escolas públicas municipais de
Belém, fato que ocorre devido a pouca vivência destes alunos, antes
dos 6 anos, com materiais e atos de leitura e não
por carência cognitiva. (p.
157, grifo meu)
Caríssimas
professoras, estamos muito próximos de estabelecer um novo paradigma
com a relação a alfabetização em nossa escola.
O
paradigma é: a
alfabetização de todos os alunos em nossa escola ainda no 1º Ano
do Ensino Fundamental!
Talvez
isso ainda não seja possível neste ano letivo, porém vamos juntos
iniciar esse processo.
AmarilzeSfair da Costa
6.3 Dona Branca Alves de Lima:professora, autora e empresária
VALDEZ,
Diane. DONA
BRANCA ALVES DE LIMA: PROFESSORA, AUTORA E EMPRESÁRIA. Diane
Valdez. Revista
Brasileira de Alfabetização - ABAlf | ISSN: 2446-8576. Vitória, ES
|
v.
1 |
n.
7 |
p.
61-84 |
jan./jun.
2018
No
texto temos o relato incrível de
outra grande professora,
Branca
Alves de Lima. Conforme o resumo do artigo:
A
Cartilha Caminho Suave é o
livro escolar de maior tiragem e circulação na história da
educação brasileira. Sua autora, a paulista Branca Alves de Lima,
não alcançou a mesma divulgação de seu impresso escolar, a
despeito de, em cinco décadas, ser a responsável pelo sucesso de
sua publicação.
A
história da professora normalista, alfabetizadora, autora e também
empresária, pois criou uma editora com o mesmo nome da cartilha, se
confunde com seu material didático, ou se apaga no meio de disputas
do conhecimento tão próprias da história.
As
lacunas na história de Branca são grandes, no entanto, reunir
fontes dispersas possibilitou conhecer alguns lugares ocupados pela
professora em seu quase um século de vida. Branca foi uma mulher de
seu tempo, fora de seu tempo. Sua história merece ser desvelada e
conhecida.
Palavras-chave:
Branca Alves de Lima. Biografia. História da educação. Autora.
Cartilha.
No
ano de 1997, após ter seus livros recusados pelo Governo, Branca
voltou a sinalizar como construiu seu modelo de ensino:
Na
década de trinta, (...) a prática “em moda” para alfabetização
se chamava processo analítico. Depois de 21 anos chegaram à
conclusão que não funcionava e deram
liberdade didática aos professores.
Aí
comecei a construir o meu sistema, de imagens. Fiz uma porção de
cartazes. Mas, no começo, as figuras não eram associadas às
letras. (Folha de São Paulo, 25 de novembro de 1997, p. 10).
Um
dia estava olhando meus cartazes e tive um insight. Comecei a
desenhar com giz em cima dos cartazes. No G, desenhei um gato e
disse “Veja como a letra G se parece com um gato”. Depois, no F,
desenhei uma faca. Percebi que as crianças, associando uma letra a
uma figura, esqueciam menos. (Ibidem).
6.4 Liberdade Didática para o
Desenvolvimento de Métodos Eficazes de Alfabetização
Caríssimas
professoras, o tópico 6 tem por finalidade incentivá-las ou ainda
encorajá-las a desenvolverem individualmente ou em parceria métodos
que facilitem e agilizem a alfabetização dos nossos alunos, em
especial daqueles com dificuldades de aprendizagem.
Espero
que as histórias das professoras alfabetizadoras Amarilze
Sfair da Costa
e Branca
Alves de Lima
lhes
motivem não apenas a desenvolverem excelentes práticas de
alfabetização com os seus alunos conforme a série/ano, mas que um
dia as suas histórias e obras inspirem e auxiliem a outras.
Portanto,
cada uma de vocês possuem a Liberdade Didática para Desenvolverem
como acharem melhor os seus próprios Métodos de Alfabetização.
As
práticas desenvolvidas que alcançarem os melhores resultados na
alfabetização poderão servir de orientação pedagógica para as
demais turmas e assim vamos construindo práticas pedagógicas
baseadas em evidências.
6.5 Indicação de Filme: Um homem
entre gigantes
Sinopse:
Dr. Bennet Omalu (Will Smith), neuropatologista forense, diagnostica
um severo trauma cerebral em um jogador de futebol americano e,
investigando o assunto, descobre se tratar de um mal comum entre os
profissionais do esporte.
Determinado a reverter o quadro e
expôr para o mundo a grave situação, ele trava uma guerra contra a
poderosa NFL.
7. Questões Gerais
7.1 Solicito que elaborem estratégias
para que os alunos evitem sair da sala correndo, seja na hora do
intervalo, na hora da saída ou em deslocamento para outros espaços
da escola;
7.2 Com objetivo de melhorar o
trabalho na coordenação e principalmente dialogar com as
professoras na Horas Pedagógicas elaborei uma Escala de AtividadesSemanal;
7.3 As impressões e cópias de
atividades devem ser solicitadas com o mínimo de dois dias de
antecedência com as colaboradoras Alaine ou Socorro;
8. Suporte Pedagógico
8.1
Estou sempre à disposição de todas vocês para lhes ajudar no que
for preciso e de acordo com as minhas possibilidades.
8.2
Página de Suporte Pedagógico
9. O que mais
ocorrer
10. Pasta com todos os aquivos